segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Reflexão

Há pessoas que vivem ajudando os outros, ouvindo suas fraquezas, dando força em suas crises, mas quando estão por baixo, se chateiam porque essas pessoas não se aproximam em seu socorro.

- Se quer ser amigo, ajudar, que seja altruísta.

Nada vale ao nosso espírito e evolução querer o retorno do afeto que doamos. Não é um jogo de ping pong, é um círculo que gira sempre a um lado só, fechando um ciclo.

Se fazemos por amor, não esperamos recompensa e nem nos cabe pensar sobre algum retorno posterior, já que é movimento natural do princípio de ação e reação e do princípio de ritmo. 

Mesmo porque aquilo que nos vem nem sempre é o que esperamos que seja, mas aquilo que é o melhor para nosso aprendizado naquele momento.

#entendendoaslições

domingo, 10 de novembro de 2013

Religião e espiritualidade por Guido Nunes Lopes

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: “aprende com o erro”.
A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.
A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.
A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.
A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.
A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.
A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz conscientes da vida eterna.
A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.

Guido Nunes Lopes - Físico


Doutor em Energia Nuclear na Agricultura, ARC – Academia Roraimense de Ciências, UFRR – Universidade Federal de Roraima

sábado, 2 de novembro de 2013

O PODER DAS TREVAS – por Huberto Rohden, pag.31 "Por Um Ideal" vol. 1

Tanto nas chamadas "crendices populares", como nas "superstições" há inegavelmente, um fundo de verdade. O ignorante, em falta de melhor explicação, inventa explanações arbitrárias, o que não elimina, todavia, a realidade de certos fenômenos que nenhuma ciência consegue explicar à luz das leis naturais por nós conhecidas.
Aliás, quem crê num mundo de seres inteligentes e livres, não pode fugir à conclusão de que entre esses seres possa haver, como aqui neste planeta terra, bons e maus, seres benéficos e seres maléficos. A Inteligência, quando divorciada do Espírito, é uma porta aberta para um universo de maldade. O "Poder das Trevas", de que Jesus fala, não é outra coisa senão a Inteligência “desespiritualizada”, autônoma, independente – a Inteligência que se deificou a si mesma. "Se comerdes do fruto da árvore do conhecimento, dizia a tal serpente, sereis iguais a Deus". É esta a eterna ilusão de Satã: a conquista da deidade pelo poder do "conhecimento", pela força do Intelecto. Todos os conflitos armados que presenciamos; como todas as grandes calamidades do gênero humano são frutos peçonhentos da "árvore do conhecimento", da Inteligência sem o Espírito.
O reino de Satã é Inteligência sem Espírito.

O reino de Cristo é Espírito dominando a Inteligência e tudo quanto ela edificou sobre a face da Terra.

Por essa razão não  há Satanás que resista a vontade humana quando essa vontade está agraciada pela benção da Inteligência da fonte Divina, da Alma do Universo... Deus!

"QUEM NÃO RENUNCIAR A TUDO QUE TEM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO" Rohden, Assim Dizia o Mestre, pgs 43 e 44.

A ideia do meu nasceu com a ideia do eu. Quando esse eu morre, morrem necessariamente todas as ilusões relacionadas com o meu. Quem tudo é, nada tem; a intensa luminosidade do ser aniquila todas as trevas do ter. Quem é de fato, discípulo do Cristo nada tem e quer ter, para si mesmo, embora possa prestar-se para administrador de uma parte dos bens de Deus em benefício de seus irmãos.

O que eu considero meu só tem função enquanto ainda vive em mim a noção do eu físico-mental; no momento em que o meu pequeno eu personal se afogar nas profundezas do TU divino e no NÓS da humanidade, esse conceito de meu deixa de ter razão de ser.

Por isso, o homem que atingiu a plenitude do seu ser, pelo despontar da consciência cósmica, perde toda a noção de posse e propriedade. Nada adquire e nada perde. O fluxo e refluxo incerto de lucros e perdas deixaram de existir para ele e com isso foi eliminada a fonte principal da inquietação que atormenta os profanos. Nada possui  que o mundo possa tirar, e nada deseja possuir  que o mundo lhe possa dar. Entretanto, se as circunstâncias terrenas o nomearem administrador do patrimônio de Deus e da Humanidade, esse homem administra com a máxima solicitude esse patrimônio terrestre universal.

Pela mesma razão, o homem que se despojou dos teres pela maturação do ser não experimenta a menor dificuldade nem tristeza em passar para outras mãos a gestação dos negócios temporários que lhe foi confiada.

O grande industrial norte-americano R.G. Le Torneau (1), fabricante de possantes máquinas de terraplenagem, mandou colocar sobre a entrada de uma de suas fábricas a seguinte afirmativa:

Não digas: “Quanto do meu dinheiro eu dou a Deus”?
Dize antes: “Quanto do dinheiro de Deus eu guardo para mim?”

Esse homem descobriu que nós não temos dinheiro algum, mas que todas as coisas do mundo são de Deus; entretanto, pode o administrador dos bens de Deus tirar para si uma pequena “comissão”. Le Torneau, no princípio, tirava uma comissão de 90% para si, dando 10% a Deus, para fins de altruísmo e religião; por fim inverteu as quotas, dando 90% para Deus e guardando 10% para si, e mesmo assim, desses 10% ele não se considerava proprietário, senão apenas administrador, porque também esse dinheiro pertencia a Deus e à humanidade.
“Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discípulo”.

O EU verdadeiro, divino nada sabe de possuir, porque o apogeu do SER provoca a ruina do TER.


(1)    Os contemporâneos de Le Torneau o qualificavam de “O homem de negócios de Deus”.

PELA FÉ ASSIMILA A ALMA O CRISTO DIVINO - por Huberto Rohden

Na última ceia dramatizou Jesus a mais misteriosa de todas as suas parábolas.
E até hoje a cristandade não compreendeu devidamente a parábola do pão e do vinho.

Na Sinagoga de Cafarnaum, como consta no capitulo 6 do Evangelho de João, havia o Mestre aludido a esse misterioso paralelo: A relação entre o alimento e a vida, por um lado – e, por outro, a pessoa física do Jesus humano e o espírito do Cristo divino.

Através de uma parábola esotérica faz Jesus ver que a essência vitalizante do espírito do Cristo só pode ser assimilada pela alma humana por meio da fé.

Mas o que se entende por fé?

A palavra latina fides é o radical de fidelidade, harmonia, sintonia. Este substantivo latino não tem verbo; de maneira que a Vulgata Latina recorreu a um verbo de outro radical, credere, crer, em vez de “ter fé”, e com isto começou a tragédia milenar da cristandade.
Crer, no sentido usual, nada tem que ver com ter fé. O substantivo grego pistis, que figura no original do Evangelho do primeiro século, tem o verbo pisteuein, que poderíamos traduzir por fidelizar.
E fidelizar, ter fé, quer dizer, estabelecer perfeita fidelidade entre a alma humana e o espírito de Deus. O conhecido tópico “quem crer será salvo” não se aplica; mas “quem tiver fé (fidelidade) será salvo ‘” é perfeitamente lógico.

Quando o homem, no plano físico, vitaliza o seu corpo pelo alimento, ele não transfere para o seu organismo a substância material que ingere, mas, pelo misterioso processo da digestão e assimilação, extrai da substância material do alimento as “calorias”, como a ciência chama essa alma imaterial da matéria.
Caloria é a energia solar que, pela fotossíntese foi armazenada na substância comestível, e que, pela digestão, é extraída do alimento e transferida para o organismo humano.
Caloria, a energia do calor e da luz solar é algo relacionado com a vida. Essa energia solar vitaliza o corpo e lhe dá força, beleza, alegria. Se o organismo não tivesse fidelidade vital (fides, fé) com a energia solar, não poderia assimilar essa vibração do sol. Um corpo morto embora exposto á energia solar, não a assimila; somente um corpo vivo é capaz de assimilar a energia solar; só ele tem fides, afinidade com o sol; só um corpo vivo fideliza, é fiel à alma solar; só ele é vitalizado pelo calor e pela luz do sol. 
Segundo Einstein, luz é energia descondensada, e energia é matéria descongelada. 
Vida é luz altamente potencializada, vida é luz vitalizada, e, por esta razão não pode a vida assimilar a matéria grosseira como tal, mas somente a alma cósmica da matéria, que é luz, caloria imaterial. 
Homens altamente intuitivos sabiam, e sabem, por uma visão interna, o que outros procuram descobrir através de laboriosas análises intelectuais. Antecipam verdades que a ciência descobre séculos e milênios mais tarde. Cerca de 3500 anos antes de Einstein, escreveu Moisés que, no primeiro yom, creou Deus a luz, e que da luz vieram todas as outras coisas. Só no século 20 provou Einstein que a luz é a base dos elementos químicos e de todas as coisas.


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pergunta da BBC numa matéria divulgada lá sobre as manifestações no Brasil:

Manifestações


Você está no Brasil? Como você é afetado por eventos no Brasil?

Minha resposta:

Me sinto afetada e incomodada todas as vezes que confundem o real sentido da palavra anarquia que nada tem a ver com desordem e confusão, com caos.
Me afeta diretamente também porque se perdeu o real sentido do que seja governar uma cidade, um estado, um país, pois já de muito se desenvolveu a inversão de valores no Brasil, onde o "jeitinho brasileiro" tomou proporções incontroláveis, passando da ação individual para uma consciência coletiva ou inconsciência coletiva, uma vez que a maioria o pratica e critica no outro o ato e reagem de forma violenta desproporcional.
Também há os que intencionalmente se infiltram nas manifestações com o intuito de minar o movimento, a forma mais fácil ante uma população massacrantemente despolitizada ao longo dos anos de nossa história.
Me afeta e entristece a visão de uma sociedade de "zumbis" que nem tem o discernimento para entender o processo de poder ora instituído pelo atual governo se disfarçando em regime democrático, quando sabemos que todos os partidos de extremos, seja de direita ou de esquerda não permitem opiniões contrárias, onde a liberdade de pensamento e expressão são coibidas e punidas. 
Vivemos aqui no Brasil hoje uma ditadura enrustida e uma massa de manobra fabricada aos bolsas-qualquer coisa que só fazem tirar a dignidade ao cidadão brasileiro miserável, induzindo-o falsamente a pensar que deixou de ser miserável por conta de uns trocados que o governo os dá por esmola, sim, porque as condições de trabalho digno e a sua libertação desse ciclo vicioso em que foi inserido jamais se desfaz. Esses lhes dão os votos porque são a grande maioria espalhada por esse Brasil desavisado e servil.
É nisso que me afeta esses eventos pois eles são incentivados de forma capciosa por quem quer perpetuar esse estado de coisas e a população não enxerga a manipulação a que é exposta todos os dias.

sábado, 5 de outubro de 2013

“QUEM DE VÓS ME ACUSARÁ DE UM PECADO” – Interpretação das palavras de Jesus por Huberto Rohden

O pecado só é possível na penumbra da ego consciência, criada pelo intelecto. Não é possível nas trevas da inconsciência, que envolve o mundo dos sentidos materiais; nem é possível na luz intensa da pleni-consciência, que ilumina as alturas espirituais da razão, do Logos, que, em sua forma encarnada, se chama o Cristo.

Nem a inconsciência nem a pleni-consciência conhecem o pecado. O pecado é um fenômeno privativo da semiconsciência. Nem os sentidos nem a razão podem pecar; nem o corpo nem a alma pecam – somente a inteligência, esse lúcifer do nosso ego mental.

Ora, sendo o Cristo a Razão, o Logos, o Espirito divino – como poderia haver pecado na zona da impecabilidade?

Deus é transcendente a tudo e imanente em tudo.

Na sua essência, Deus é totalmente presente e imanente em todas as coisas – mas no plano da manifestação dessa sua essência há grandes diferenças. Deus, embora imanente em cada ser, não se manifesta do mesmo modo em todos os seres. A sua essência é invariável, mas a sua manifestação é variável.

Deus é inconsciente no mineral.
Deus é subconsciente no vegetal.
Deus é semiconsciente no animal.
Deus é ego consciente no intelectual.
Deus é pleno consciente no espiritual.
Deus é oniconsciente em si mesmo.

Só na zona penumbral da ego consciência é que é possível o pecado.
O pecado supõe consciência, porém uma consciência imperfeita.
O pecado consiste na ilusão da nossa separação de Deus, ilusão essa creada pelo intelecto.
Somos distintos de Deus, porque Deus é transcendente a cada uma de suas creaturas.
Mas não estamos separados de Deus, porque Deus está imanente em cada uma de suas creaturas.
Não somos idênticos a Deus, nem separados de Deus – mas somos distintos dele, porque somos iguais a Deus pela essência divina universal – e somos desiguais dele pela existência humana individual.

O dualista afirma a transcendência e nega a imanência.
O panteísta nega a transcendência e afirma a imanência.
O monoteísta, o monista ou universalista, afirma tanto a transcendência como a imanência, atingindo assim a verdade total.

O intelecto separatista nos faz pecar – a razão que une; redime-nos do pecado.
O intelecto é o precursor da razão – a razão integra em si o intelecto.
Só nos pode redimir o que é remido.
Só o impecável nos pode purificar do pecado.

Ninguém vai ao Pai a não ser pelo Cristo – o Cristo, porém, como diz o Quarto Evangelho, é o divino Logos, a Razão suprema, que se fez carne e habitou entre nós.

Habitou entre nós, historicamente, na pessoa de Jesus de Nazaré – e habita em cada um de nós, permanentemente, na forma daquela “luz que ilumina a todo o homem que vem a este mundo... e dá àqueles que a recebe o poder de se tornarem filhos de Deus”; porque esse mesmo Cristo do passado está presente em cada um de nós, “eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”.


“Quem de vós me acusará de pecado?” – assim poderá dizer todo homem no qual o Cristo interno tenha despertado plenamente, redimido a ego consciência pecadora de seu velho egoísmo e penetrando-a toda do amor universal.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

AMARÁS O SENHOR, TEU DEUS - por Huberto Rohden

Como posso amar afetiva, intelectiva e até fisicamente um Ser que é puro espírito? Como podem o coração, a mente, o corpo atingir esse objeto de amor?

De fato, se Deus fosse apenas um Deus transcendente, puro espírito abstrato, só os puros espíritos o poderiam amar; mas, sendo Deus, além de transcendente às suas obras, imanente em cada uma de suas creaturas, é possível que o amemos também com o coração, com a mente e com o corpo.

Deus é inconsciente no mineral.
Deus é subconsciente no vegetal.
Deus é semiconsciente no animal.
Deus é ego consciente no intelectual.
Deus é pleno consciente no espiritual.
Deus é oniconsciente em si mesmo.

Se Deus não fosse imanente em suas obras, ninguém o poderia amar com as faculdades do coração, da mente e do corpo.
Como Verdade, Deus é Transcendente.
Como Beleza, Deus é Imanente.
Quando a Verdade e a Beleza se fundem numa grandiosa sinfonia, surge a estupenda Poesia do Cosmos, síntese de Verdade e Beleza.

A Verdade é infinitamente bela.
A Beleza é profundamente verdadeira.
Por isso, a vida Eterna é necessariamente a eterna Beatitude, porque nasce do consórcio do Verdadeiro e do Belo, que é Amor.


Enquanto o “amar a Deus” é apenas um preceito ético, um dever, um imperativo categórico da consciência moral, não despertou ainda a alma do amor; só quando esse “amar a Deus” deixa de ser um compulsório dever e se transforma num espontâneo querer, numa luminosa compreensão, num irresistível entusiasmo – então é que o homem entra no “gozo de seu Senhor”.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

“ROUBASTES A CHAVE DO CONHECIMENTO DO REINO DE DEUS” por Huberto Rohden

Não há maior crime do que alguém atribuir-se em guia espiritual dos outros sem ter experiência pessoal de Deus e do mundo invisível. O homem profano pouco mal faz aos seus semelhantes, porque ninguém o acredita como guia nas veredas incertas do universo espiritual; mas o profano que se atribui em iniciado é um perigo para os outros profanos que o julgam por iluminado.

O que leva um pseudo iluminado a se apresentar como iluminado é, quase sempre, a ambição do prestígio, a cobiça do dinheiro ou o orgulho, roubando a chave do conhecimento do reino de Deus.
Essa chave consiste numa experiência interna, não condicionada por nenhuma formalidade externa. O poder vem de dentro, a fraqueza vem de fora.

“A letra mata - mas o espírito dá vida”.

O ritual dá prestígio externo – o espiritual dá força interna.

Quem exerce o ritual sem possuir o espiritual é falso profeta; roubou a chave do conhecimento do reino de Deus. Iludido, ilude os outros. Cego, conduz outros cegos, não é condutor e sim, sedutor.

Ignorância do mundo espiritual é treva – experiência é luz.
Só pode iluminar quem foi iluminado.
Só pode dar aos homens quem recebeu de Deus.
Só pode distribuir aos homens quem possui os tesouros da divindade.

É necessário que o guia espiritual compreenda que a única possibilidade de guiar os outros está em que ele se deixe guiar por Deus, e que nenhuma igreja ou seita lhe pode dar essa experiência. Todas as igrejas e seitas são como outros tantos marcos colocados à beira do caminho da vida, nas encruzilhadas duvidosas, incertas; quem parasse aos pés desses marcos ou se contentasse com olhar na direção indicada pelas flechas não chegaria jamais ao final da jornada.

A alma do cristianismo não é algo que se possa ensinar ou aprender intelectualmente, como num curso de teologia, ou de explicação de textos; é algo que deve ser vivido e sentido, e até sofrido, em profundo silêncio e fecunda solidão. Podem; na melhor das hipóteses; outros guiar-me até o limiar do santuário, mas só eu é que posso transpor esse limiar e encontrar a Deus, face a face.

O dia mais glorioso para o verdadeiro mestre é o dia em que ele se torna supérfluo e dispensável, o dia glorioso em que a alma por ele guiada já não necessite de guia, por ter se tornado espiritualmente autônoma e independente, para andar segura e firme nos caminhos de Deus.

sábado, 21 de setembro de 2013

Ditado chinês

"Não se deve voltar a um lugar onde se foi feliz."
Ditado chinês.

Há quem se oponha a essa frase, mas, o que significa profundamente é que as situações vividas jamais se repetirão. Significa que não devemos nunca criar expectativas de encontrar as mesmas condições anteriores, as pessoas, os sentimentos.
Por isso, penso que qualquer saudosismo não é salutar, trará em seu bojo tão somente uma frustração pela nova realidade tão diversa da anterior. A vida é feita de momentos, bons, ruins, mágicos, o segredo está em aproveitá-la intensa e profundamente em seu tempo presente, no agora e guardar sim, esses momentos que são parte daquilo que nos modificou e nos transformou no que somos hoje, prontos e inteiros para novas situações, aventuras, momentos bons, ruis, mágicos, enfim, para experienciar, experimentar novos lugares, novas situações, seja com novas pessoas ou mesmo com as que já conhecemos e amamos.

sábado, 31 de agosto de 2013

Só o que penso...

Todos os sistemas de governo apresentam falhas porque estão sujeitos às individualidades humanas que avaliam as situações segundo a sua realidade particular e a aplicam como se isso fosse o melhor para o todo, só que o todo, exceto ele, o autor da ação jamais é questionado se é isso mesmo que ele quer.
Certa vez me foi dito de forma simples sobre essas alternâncias no poder:

Um grupo está participando de um lauto banquete e não quer sair da mesa.

Outro grupo, que se sente "lesado", se revolta, se reúne, parte para a ação:
Chega lá na mesa, arranca todo mundo das cadeiras, à força, se necessário, puxam a toalha e jogam fora toda a farta comida ali exposta ao deleite dos que ali estavam, sacodem-na e a estendem novamente à mesa.
Recolocam as cadeiras no lugar, escolhem onde sentar, pedem outra comida e lá vem outro banquete e eles se sentam e começam a comer. Com certeza não quererão sair dali, mesmo que seja pela força.

A única diferença consiste em quanto das migalhas que caem ao chão eles permitem que o "todo" restante coma, ou se vão dar aos porcos e o todo restante vai passar fome.

Não acredito na verdade na boa vontade de nenhum sistema. O que consigo ganhar com a minha capacidade de trabalho é que vai me fazer viver ou apenas sobreviver, o resto, não muda nunca.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Há um tempo para tudo

Há um tempo pensamos em coisas tolas, leves, pueris; evanescentes.

Mas haverá um tempo em que seremos cobrados a nos deter em coisas más, ardilosas, cruéis; densas.

A vida real é dura e contundente.

Dulceny z

29/08/2013

14:46h

Das índoles dos seres humanos...


Essência única na criação, mas como se desfigura na atuação.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Um Natal, desses diferentes, muito diferentes...

Com um pouquinho de atraso, mas ainda em tempo de contar essa história bem interessante...


No ano de dois mil e nove, minha irmã e eu decidimos passar uns dias na Paz e sossego do Natal no Litoral, bem explicado:
Minha mãe foi para Natal no Rio Grande do Norte no dia dez de dezembro, e voltaria somente no dia sete de janeiro de dois mil e dez. Seu apartamento estava lá, sozinho coitado, fechado, às moscas mesmo...

Quisemos lhe proporcionar alguns aconchegantes momentos de convivência a mais pacífica possível e dar-lhe alguns momentos de atenção...
Bem, trabalhei até dia trinta às dez da noite, cheguei em casa, fui dormir e lá pelas cinco da madrugada levantei, arrumei minhas “trouxas” e saímos para a viagem às sete horas mais ou menos.
Tudo seguia tranquilamente, fomos pela Rodovia Bandeirantes, uma beleza. Minha irmã colocou o CD de um amigo português que é músico lá em Portugal e ao som do mais puro rock,/blues português, seguíamos viagem.
Chegando em Sampa; marginal Tietê já congestionada, mas tudo bem... Ouvíamos a música que dizia:
Esse mundo de sonho e magia... Esse mundo... Tudo a ver...
Nosso mundo de sonho e magia terminou na descida da ponte de acesso à Avenida Bandeirantes...
O carro apagou!
Sem motor, sem som, sem abrir e fechar os vidros, na pista central e o trânsito comendo solto!
Minha irmã tentava ligar o carro desesperadamente e nada! Pânico!!!
Eu falei calmamente pra ela:
-Liga logo esse pisca - alerta senão alguém vai carregar a gente pela traseira do carro. E pega o triângulo no bagageiro. Bagageiro???
Quem já viu bagageiro de carro com duas mulheres dentro em viagem?
Ela começou a tirar as malas e colocar no capô do carro... Qual... Esquece o triângulo... Deixa pra lá...
Foi um tal de buzinas pra lá e buzinas pra cá, até que ela gentilmente se dirigiu à galera:
Vocês aí, em vez de buzinar porque é que não descem e vem ajudar?
Detalhe: É claro que meu relato é simbólico, pois ela pronunciou inúmeras palavras que não me arrisco a repetir...
Enfim, tivemos ajuda de um senhor num Uno Mille judiado e um moto boy! E há quem fale mal dos motoqueiros. Segundo relatos, parece que eles sempre ajudam nessas situações no trânsito.
Os dois empurraram o carro e o motor pegou. Encostamos já na Avenida, o carro não parecia estável, agradecemos a ajuda e decidimos parar em local mais seguro.
Já no posto Ipiranga, sem fazer propaganda, mas foi o primeiro que avistamos, ligamos para o seguro que enviou auxílio. Olha daqui e olha dali, ai, ai...
Tem uma tal correia do alternador, responsável por recarregar a bateria do carro, ela simplesmente desmanchou... Estava rompida e tinha meio centímetro de espessura.
Dali não sairíamos tão cedo... Vai daí que tinha um rapaz por perto fumando tranquilamente e que chegou até nós, informando ao mecânico onde poderíamos encontrar uma loja em pleno vinte e quatro de dezembro aberta para comprar a dita correia, mais ainda, ele apagou o cigarro, se dirigiu até uma moto (mais um moto boy?), colocou o capacete e foi junto para indicar o caminho...
Voltou uns quinze minutos depois e disse que o mecânico foi até outro ponto onde há muitas lojas de peças de autos, pois a que ele indicou estava fechada, mas que aguardássemos que logo, logo, poderíamos pegar a estrada. Se despediu dizendo que já estava na sua hora de trabalhar...
Enquanto aguardávamos, entramos na loja de conveniência para comer alguma coisa. Na fila minha irmã comentou com um homem que ali se encontrava do imprevisto que atrasava nossa viagem, ao que ele sorridente e com a face mais cinza da silva, perguntou:
E você acha que isso é problema?
Eu acabei de sair de uma hemodiálise e ainda não comi nada!
...Silêncio...
Bem, eu já fui logo perguntando quanto tempo ele fazia a tal e se já estava na fila de transplante – nesse momento me lembrei do sogro do meu irmão que morreu na fila do transplante depois de esperar mais de dez anos...
Ele respondeu que faziam cinco anos... Quando ele saiu da loja, nos despedimos e só pude desejar a ele como presente de Natal e como boas novas para o Ano Novo que ele encontrasse um rim – e desejo mesmo – sei que não é nada fácil essa situação de incerteza e a doença se complicando a cada dia
Saímos dali enfim e descemos para a praia. Afinal, não tínhamos nenhum problema. A vida é linda!


E viva o Natal gente!!!


sexta-feira, 19 de julho de 2013

O segredo é o silêncio

O segredo é o silêncio... Sê quieto e passará despercebido e conseguirá chegar ao seu destino, fazer alarde atrai a maldade alheia sobre si...

Dulceny z
17/07/2013

sábado, 6 de julho de 2013

Algumas reflexões importantes...

1 - 
Ninguém nos faz como somos, o que somos é resultado do que pensamos, sentimos e de como isso afeta nossas ações - assim como as outras pessoas. Tudo reside em qual padrão de comportamento nos encaixamos para nos defender daquilo que nos ameaça - seja real ou subjetivo.
Podemos mudar isso durante toda a nossa vida - essa mudança requer um profundo refletir e repensar o que queremos e onde queremos chegar. Nada é para sempre, tudo é mutável e depende tão e somente da nossa boa vontade em realizar essa superação dentro de nós.
Podemos ser tudo o que "quisermos" ser, a despeito dos outros que consciente ou inconscientemente queiram nos impor.
As coisas tem a importância que damos a elas.
As pessoas não nascem predispostas a se fazerem mal mutuamente, tudo o que de ruim acontece é por ignorarmos a nossa essência que é bela, boa e verdadeira.


2 - 
Mais até do que amar seu trabalho, é amar a atividade trabalho - seja ele qual for - pois todo trabalho é digno e o trabalho é uma atividade inerente ao ser humano - não trabalhar é que está em desarmonia com o Cosmo - o Universo é Movimento e Repouso - significa que temos que cultivar em nosso íntimo o amor aos dois extremos e estaremos em Comunhão com o Pai!