domingo, 13 de dezembro de 2009

ESCRITO NO ANO DE 1931


Recebi do amigo Àlvaro em email e considerei importante e pertinente uma pulverização de palavras tão lúcidas!


"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.

Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.

O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém, assim:

Quando metade da população entende que a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la e quando essa outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.


É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."


Adrian Rogers, 1931


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Eu quero vida... E você?











Segundo pesquisas realizadas por cientistas do Secom-AC, a diferença de temperatura entre um solo exposto ao sol e outro debaixo de uma árvore é de até 13º centígrados.
"No dia 7 de agosto às 13 horas daqui, chegamos a ter uma temperatura máxima de 39,75º centígrados no solo exposto, enquanto que debaixo da árvore tivemos temperatura de 26,14º, relata. A medição ocorreu na superfície, a dois centímetros de profundidade.
Diz o pesquisador:
Uma temperatura perto dos 40 graus na superfície pode prejudicar muito a qualidade da terra.
"Você não dá condições dos microorganismos se regenerarem. Essas populações entram em extinção e não há como recuperar esse solo. Aí temos as áreas de deserto".
A rápida evaporação da água e o calor irradiado para a atmosfera também são efeitos negativos causados pelo aquecimento do chão, afirma o geólogo.
Isso significa um solo estéril; nem uma gota d'água... Dá para prever o que vem depois?
Ainda dá para consertar isso!
Sem apelos piegas de movimentos ecológicos isso ou aquilo...




sábado, 26 de setembro de 2009

1976





Nossa!
Eu já havia me esquecido do Reveillon de 1976!
Outro dia ao voltar do trabalho, conversando com um colega de trabalho no ônibus, sim, porque considero o circular bem mais sociável do que o carro. Para mim então, que falo pelos cotovelos, na saída do trabalho, não é que ainda não me sinto satisfeita?
Tem aí um outro motivo que bem podia ficar no segredo, mas... Ah! Eu vou falar:
Quando eu morei em Praia grande; só usava a bicicleta para me locomover, como, aliás, faz quase toda a população da cidade.
Mas, como eu dizia, ia sempre eu na bicicletinha vermelha, uma Ceci adaptada com três marchas.
A condutora alucinada, "garrava" logo a terceira marcha na contra mão e ia feito uma maluca.
Conclusão: Três acidentes, dois envolvendo inocentes pedestres com razão, afinal, quem é que vai atravessar a rua e olhar na contra mão para prevenir-se da doida aqui? E por fim o último envolvendo duas bicicletas, a minha e a de um maluco pior do que eu que saiu pela contra mão da frente de um caminhão estacionado e veio com tudo pra cima de mim, que por acaso naquela ocasião, andava pela mão certa da rua. Bem, sobrevivi a todos eles, mas me convenci da alta periculosidade da minha experiência como condutora de "um" duas rodas "pedalal". Quanto mais evoluir para um motorizado e pior ainda para um quatro rodas. Desisti.
Enfim, me conformei do meu destino certo de sempre andar de Mercedes com chofer particular...
Voltando ao foco.
Falava eu de caminhadas, gostar ou não gostar e vai daí que me lembrei da maior caminhada que já fiz e me lembro muito bem da data, ai, ai...
Trinta e um de Dezembro de mil novecentos e setenta e seis...
Trabalhei em Santos no antigo Supermercado Eldorado, na Avenida Conselheiro Nébias, hoje Carrefour. Eu fazia degustação do Panetone Visconti.
Instalei-me temporariamente em casa de minha tia Cida no Marapé. Bem, numa dessas a família foi passar um fim de semana lá e saímos, minha prima Maria, minha irmã e eu. Fomos à Domingueira na boate do Santos Futebol Clube que era bem perto da casa da Maria, na Vila Belmiro, o que divide os dois bairros é o Canal Um. Tudo bem, chegamos, pagamos, entramos; fomos dançar e conversar com os colegas.
De repente apareceu o ex-cunhado da Maria, o Francisco... Alto, cabelos castanhos, como se diz hoje: Tudo de bom!
A mana que desde lá não é boba, nem nada, já foi bater um papo com ele, levou-o para o outro lado e lá ficou a noite toda. Música vai, música vem, terminou a domingueira e fomos para casa. A Maria, eu, a Cely e o Francisco. Minha irmã o convidou para passar a entrada de ano aqui em Campinas, blá blá e blá blá...
Dia seguinte ela me deixou uma incumbência: Convencer o jovem a viajar comigo no dia trinta e um para comemorar o Reveillon no Clube com ela, é claro!
Bem, eu cumpri direitinho a "ordem". Ele foi com um primo dele durante a semana lá na casa da Maria; jogamos carta, conversa fora e eu lá, enchendo a paciência dele tentando convencê-lo a viajar.
Era ele abrir a boca e eu: Viaja! Viaja! Viaja! Não me lembro de nenhuma outra ocasião que eu tenha sido mais chata, rs
Até que enfim ele disse: Se é para o bem de todas e para o sossego dos meus ouvidos, diga à sua irmã que EU VOU!!!
Beleza!
Dia trinta e um à tarde ele me encontrou no Eldorado. Eu estava fazendo meu último plantão. Enfim, trabalho terminado e lá fomos buscar minhas malas nos dirigimos à Rodoviária de Santos. naquela época (ai, que coisa antiga) não tinha ônibus direto. Tínhamos que fazer baldeação em São Paulo, na antiga Rodoviária. Tudo certo? Nada!
A Rodoviária em São Paulo não tinha um palmo de chão para se pisar. Tudo lotado e tivemos que esperar um século o ônibus para Campinas.
Bem, descemos a escada e ficamos lá no meio de um oceano de gente e de repente ele me perguntou se eu tinha o cartão do irmão dele...
Hummmm... Esqueci de contar que eu estava em contatos imediatos com o irmão dele que me deu o telefone para eu ligar quando retornasse a Santos - eu ia pagar as outras demonstradoras na semana seguinte.
A abestada aqui respondeu:
-Tenho sim.
-Quero ver se é verdade, me mostra.
-"Tá" aqui, "oh"!
-Ziiiiipt!...
Aieeeeee!!!!! Me devolve já o cartão!!!
-Não dá mais, viu o gari que passou? Então, joguei na lixeira que ele carregava!
Fiquei com tanto ódio daquela criatura que não falei mais com ele a viagem inteira!
Chegamos em Campinas e fomos pra minha casa no Jardim Eulina. Já eram onze e meia. À porta da minha casa; silêncio. Tudo fechado, escuro. Não havia ninguém.
-Ai, não acredito!
Sabiam que vínhamos e não esperaram! Foram para o clube e largaram "a gente" para trás. Passados alguns instantes neuróticos de esbravejamentos inúteis e então jogamos as malas no quintal de casa e eu disse a ele:
-Vamos à casa do meu padrinho que é aqui perto. Lá telefonamos para o clube, pedindo que venham nos buscar (que falta fazia ainda não existir um celular)...
Quando subíamos a rua eu vi uma festa doida na casa de um colega do bairro e falei para o Francisco:
-Uau! O povo ali "tá que tá" animado!
Na casa do padrinho:
-Toc, toc, toc, toooooooooc!!!!
Atenderam. Pedi desculpas pelo adiantado da hora (mais de onze e meia) e telefonei para o clube.
-Ah! O Irany (meu pai) não veio ao clube ainda!
-Como assim? Não tem ninguém em casa!
-Papagaio! Onde foram? Com quem? Como? Por quê?
-Que gente abusada! Ninguém de casa lembra que eu existo, não gostam de mim, ai, ai...
E o Francisco só com cara de "que cilada eu entrei"...
-Valeu padrinho - obrigada - Feliz Ano Novo!!!
-Tchau, tchau...
Bem, última forma:
-Vamos para a casa da minha avó lá no Jardim Garcia, devem ter ido para lá. Não me lembro bem, mas acho que naquela época ela ainda não tinha telefone - como era dura a vida naqueles tempos (nossa, mas que coisa antiga mesmo)!
-Vamos até o viaduto e pegamos o último ônibus até lá.
-Último ônibus? Em Santos tem ônibus a noite inteira...
-Não entendi!
Fomos feito dois foguetes e quando chegamos ao pontilhão da Via Expressa o ônibus passou. O ponto ficava no final do pontilhão e nós estávamos no meio.
Pulei, gesticulei, pedi pelo amor de Deus para o motorista parar e ele nos olhou com uma cara de safado, riu e passou reto!
-Aaiiiiiiii!!!!!!!
Xinguei-o de tudo quanto me lembrei que pudesse existir de palavrão - coisa que eu não costumava fazer, mas naquele momento dei meu grito de independência!
-#%\\*&#+¨¨$//?#%{@}][\/#!!!
O Francisco ria feito louco da minha desgraça (só que a minha também era dele. dããã), eu queria me jogar da ponte!
Passada um pouco a raiva, eu disse:
-Vamos ter que ir à pé, não tem jeito! Aqui no meio da rua é que não dá para ficar.
Ele perguntou:
-É longe?
Aí eu dei uma de mineira e respondi:
-Não, é logo ali!
Ele tinha que ir comigo, afinal, sozinha naquela "selva" é que eu não ia ficar.
Nisso começaram a estourar os rojões da zero hora!!!
Ele me olhou e disse:
-Isso que é o Reveillon de vocês?
-Lá em Santos eles estouram na ilha toda e sem parar por uma hora!
Nada podia ser pior. Sem casa, no meio da rua, abandonada e ainda por cima um chato falando mal do Reveillon da minha cidade e com uns quilômetros de chão ainda por andar; pensei em matá-lo, mas isso ficou para mais tarde, depois de estar em segurança na casa da minha avó; eu pensaria como...
Andamos pela avenida toda do Jardim Aurélia, dobramos à esquerda até a estrada John Boyd Dunlop a caminho do Jardim Garcia (ainda bem que era descida, só alegria, rs). A cada quinhentos metros ele me perguntava se faltava muito.
-Não... Estamos quase chegando, rsrs
Bem, não bastasse tudo isso e passavam carros e mais carros buzinando e fazendo todo tipo de piada infame aos dois loucos a pé na noite.
Chegamos ao Jardim Garcia. Acabou? Que nada. Vira à direita e segue pela Transamazônica até a última rua antes da praça, vira de novo à esquerda, sobe três ruas, dobra à direita e pronto (a subida final não acabava nunca). Vai entrando aí na terceira casa. Toca essa meleca de campainha que eu quero um litro d'água!
Minha avó levantou assustada e quando contei tudo, tudinho; ela me fala com a maior calma do mundo:
-Ué, mas eles estavam lá perto na festa (festa doida, lembram?) do colega do Joel (meu irmão), iam ficar lá até quase meia noite, esperando vocês e depois iriam para o clube, era pra vocês irem para lá!
Éhhhh???... ... ...!!! Nossa, que tudo! Só esqueceram de nos avisar... Um bilhete na porta... Valeu... Obrigada!
Não sei porque me lembrei agora do Samba do "Arnesto"...



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Bezerra de Menezes fala sobre a gripe suína



Cristãos decididos


Estamos sendo convocados pelos Espíritos nobres para ser os lábios pelos quais a palavra de Jesus chegue aos corações empedernidos.

Estamos sendo convocados para ser os braços do Mestre, que afaguem, que se alonguem na direção dos mais aflitos, dos combalidos, dos enfraquecidos na luta.

Estamos colocados na postura do bom samaritano, a fim de podermos ser aquele que socorra o caído na estrada de Jericó da atualidade.

Nunca houve na história da sociedade terrena tantas conquistas de natureza intelectual e tecnológica!

Nunca houve tanta demonstração de humanismo, de solidariedade, tanta luta pelos direitos humanos!

É necessário, agora, que os cristãos decididos arregacem as mangas e ajam em nome de Jesus. Em qualquer circunstância, que se interroguem: - em meu lugar que faria Jesus?

E, faça-o, conforme o amoroso Companheiro dos que não têm companheiros, faria.Filhos da alma! Estamos saturados de tecnologia de ponta, graças, à qual, as imagens viajam no mundo quase com a velocidade do pensamento, e a dor galopa desesperada o dorso da humanidade em desalinho. O Espiritismo veio como Consolador para erradicar as causas das lágrimas.

Sois os herdeiros do Evangelho dos primeiros dias, vivenciando-o à última hora.Estais convidados a impregnar o mundo com ternura, utilizando-vos da compaixão.

Periodicamente, neste planeta de provas e expiações, as mentes em desalinho vitalizam microorganismos viróticos que dão lugar a pandemias destruidoras.

Recordemo-nos das pestes que assolaram o mundo: a peste negra, a peste bubônica, as gripes espanhola, a asiática e a deste momento de preocupações, porque as mentes dominadas pelo ódio, pelo ressentimento, geram fatores propiciatórios à manifestação de pandemias desta e de outra natureza.Só o amor, meus filhos, possui o antídoto para anular esses terríveis e devastadores acontecimentos, desses flagelos que fazem parte da necessidade da evolução.

Sede vós aquele que ama.Sede vós, cada um de vós, aquele que instaura o Reino de Deus no coração e dilata-o em direção da família, do lugar de trabalho, de toda a sociedade. Não postergueis o dever de servir para amanhã, para mais tarde. Fazei o bem hoje, agora, onde quer que se faça necessário.

As mães afro-descendentes, as mães de todas as raças, em um coro uníssono, sob o apoio da Mãe Santíssima, oram pela transformação da Terra em Mundo de Regeneração.

Sede-lhes filhos dóceis à sua voz quão dócil foi o Crucificado galileu que, ao despedir-se da Terra, elegeu-a mãe do evangelista do amor, por extensão, a Mãe Sublime da Humanidade.Muita paz, meus filhos. Que o Senhor de bênçãos nos abençoe.

O servidor humílimo e paternal de sempre,Bezerra.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da conferência pública em torno da maternidade, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 13 de agosto de 2009.)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Deletando emails


Quem se lembra disso?
Encontrei perdido em meio aos meus e-mails...
Lembro-me de ter escrito que tudo é temporário e que as mudanças nos fazem crescer.
Alguém discorda?
Um forte abraço e milhões de beijos a todos!!!
Dulceny z

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um olhar mais de perto...

Então, agradeço às duas amigas que arriscaram palpite, mas nenhuma acertou... Ou talvez tenham acertado...
De certo modo é um fóssil.
Restos de mata como finos vasos de sangue verde que insistem em viver no ressequido solo arenoso...
Também pode ser uma explosão.
Explosão de ignorância, completo desrespeito ao ecossistema de tão fértil região em meio à equatorial floresta.
O que resta são sinais de uma guerra insana da floresta contra a ganância humana... Ali, infelizmente e tristemente parece que a floresta perdeu a batalha...
Ao ver tão deprimente imagem, meus olhos lacrimejaram em dor e indignação.
Dulceny z




Do lado da Guiana...

Mais perto...

Água solitária...

As imagens falam por si...





domingo, 28 de junho de 2009

Descobertas...


Quem souber do que se trata a imagem, bonita, com certeza, arrisque um palpite...

Depois respondo quem acertou, ou não...



domingo, 14 de junho de 2009

Palavras de um pensador...




"A bondade é o único investimento que sempre compensa".


"É preferível cultivar o respeito do bem que o respeito da lei".


"Quem avança confiante na direção de seus sonhos e se empenha em viver a vida que imaginou para si encontra um sucesso inesperado em seu dia-a-dia".


"Seja fiel ao seu trabalho, à sua palavra, ao seu amigo".

"Nao basta ser ocupado. A pergunta é: estamos ocupados com o quê"?


"O sucesso normalmente contempla aqueles que estão ocupados demais para procurar por ele".

ou:
"Success usually comes to those who are too busy to be looking for it".


Henry David Thoureau

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dusinita transparente... Dusinita vermelha...




Mineral gerador de energia em todas as suas manifestações: luz, calor e força. Aparentemente se parece com o cristal, mas seu tamanho surpreende; levando em conta a sua natureza mineral, tem dimensões elevadas, pode-se dizer que é um "macro-mineral".

Existe em grande quantidade e em duas colorações distintas:

Um é transparente, ou seja, incolor, muito poderoso, mas de energia muito sutil, quase imperceptível aos nossos sentidos; é mais utilizado para a geração de luz, o outro é de tonalidade avermelhada, como brasa incandescente, mais concentrado e de maior poder impulsionador na geração de energia de força e de calor.

É dotado de enorme capacidade iniciatória na movimentação maciça de grandes massas inativas.

Porém, é desprezado pelo "grosso" da humanidade por não lhe conhecer a sua imensa e valiosa utilidade. Encontra-se até empilhado em calçadas e ruas, como lixo à espera de incineração.

Aquele que o conhece, armazena infinitas quantidades para abastecer-se durante a sua longa viagem de volta ao seu "planeta" de origem.

Devemos aprender a não rejeitá-lo e não desperdiçá-lo para não ficarmos no meio da viagem, por extinguirem-se os estoques. Nunca é demais; corre-se o risco de quase sempre ser de menos.

A preguiça e as distrações nos fazem desviar da missão do armazenamento, como também nos deixam perder quantidades preciosas desse mineral e assim nos exaurimos ao recolher com as mãos e até com os pés os que encontramos no caminho, provavelmente perdidos por outros desatentos. E os que deixamos cair, ficam para trás, mas não conseguimos voltar, é um caminho onde só se anda para a frente.

Quando obtivermos quantia considerada suficiente, quiçá, excedente, caso não consigamos carregá-la nas mãos, devemos adquirir recipientes necessários e próprios para transportá-la.

Caso vejamos alguém que não lhe conheça o teor tão valioso, contemo-lo de que se trata e o que faz, devemos explicar como funciona de maneira tal, que a informação se impregne no alguém a quem se conta... E, abdiquemos da autoria da descoberta, pois alguém já descobriu antes a mesma coisa. Não somos autores originais de nada. Tudo o que é, já foi e será sempre, apenas é nossa obrigação que o todo se melhore.

Se a luz que lhes acende a casa é precária, por que só a nós é dada a luz mais forte, o melhor luzeiro?

Fiquemos felizes com a melhoria de todos! Finalmente embarquemos, abasteçamos a nave e partamos nesse lindo amanhecer.

Até breve a quem fica.

Nos encontraremos na eternidade.


Dulceny z 17/03/1998

"Texto baseado num sonho"

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ESPERANÇAS, DESESPERANÇAS


Não sinto saudade
de nada que já fiz.
Das pessoas que vi,
falei, gostei, perdi.
Das cidades em que vivi,
nada sinto da distância...
Lugares são os mesmos
em qualquer dia,
qualquer tempo...
Lugar pra mim é onde estou...
Aqui, ali.
Hoje, agora;
amanhã, sabe-se lá...
Nem mesmo a morte me maltrata...
Depois de cada dia
sem a luz
das pessoas que se foram,
tenho a nítida certeza
de vê-las manhã dessas
ao dobrar d'alguma esquina...


Dulceny z
14/12/1985
22:30h




As pessoas vivem em nós. Cada lembrança é um reviver!
Cada momento, somado na totalidade do que sou.
Quando penso em alguém, "viajo" ao momento vivido, me concentro e "vejo" ao meu redor os espaços de então, as palavras, as emoções e me sinto ligada por um laço de fogo àquele momento e pessoas.
Amigos são ligados por vibrações e essas nos mantém unidos para sempre, mesmo que fisicamente não os vejamos, mas, um dia, estaremos juntos novamente. É assim que sinto. A presença em mim de tudo o que vivo, vivi e viverei.
bjs!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Minha fada...




A mais linda fada que já ganhei!!!

Presente da minha amiga Lu Cavichioli!!!

Amei!!!!!!!!!!!!!!!





Grande amiga!!!

Alma grande!!!



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http://retratosemdegrade.blogspot.com/2009/05/minhas-amigas-sao-fadas.html

sábado, 9 de maio de 2009

Grandes mudanças...



E está já aí na porta o dia da Libertação da escravatura!

Não fica saudade da casa, mas importa a vivência experienciada com cada um com quem temos contato.

Me lembro quando do meu primeiro emprego em 1976, num Consórcio de Luto - para ver, desde cedo já estou acostumada a fins de ciclo, mas então, me lembro de uma senhora já centenária, que já nascera então liberta pela Lei do Ventre Livre, a me contar o dia em que os escravos das Fazendas de Café aqui em Campinas receberam a notícia da assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel...

Contava-me ela da alegria de todos gritando e festejando por entre os Cafezais em desabalada corrida. Dizia-me ela que era ali mesmo próximo ao edifício onde estávamos, que tudo na área central de Campinas era plantação de café. Ao seu relato, eu me deixava levar pelas imagens dos cafezais se sobrepondo à paisagem de 1976; edifícios, ruas asfaltadas, muito trânsito, barulho caótico se misturando aos cafezais, aos ex-escravos correndo, dançando e entoando cânticos de alegria pura! Felicidade suprema!

Divagação feita...

Voltemos.

Tenho pensado em muitas leituras sobre o nosso cantinho a ser "implodido", mas não vejo como a maioria, pois, o que importa, como já disse no começo, não é a casa, mas o relacionamento entre seus moradores, isso é nossa maior riqueza, é como mudar de lugar quando a maré sobe... Às vezes, nem acabamos de estender a toalha novamente e já temos que "levantar" acampamento, coisas da vida.

Importa é a harmonia e serenidade com que encaramos as situações adversas.

Penso que foi muito importante termos nos conhecido virtualmente naquele espaço, aos que tem mais afinidade, fica a continuidade do relacionamento em outros espaços, isso demonstra a unidade entre os "moradores" que a meu ver tornou a nossa convivência lá tão rica e incomum.

Meu irmão mora numa cidade do extremo oeste paulista, na divisa com Mato Grosso do Sul - Itapura, onde uma população inteira se viu obrigada a migrar para terrenos novos e recriar sua cidade em virtude do represamento do Rio Tietê para a construção da Usina de Ilha Solteira.

Imaginem, uma população de 3000 mais ou menos deixando suas casas, suas histórias de vida, a recomeçar em novo espaço. Assim é a vida e tudo o que nela vivemos em muitas das vezes tem o tom da fugacidade.

A vida é um constante mudar, quer seja em pequenos detalhes, quer seja em sua totalidade.

Importa é sempre estarmos abertos a que as mudanças venham a enriquecer nossa existência, seria tedioso vivier uma vida inteira fazendo tudo igual, estagnação é morte. Mudança é vida, é vibração!

Adorei o tempo em que pertenci ao GO e me alegro muito em ter tido a imensurável oportunidade de fazer muitos amigos, mesmo que virtuais, mas que cabem em meu coração apesar de espalhados por esse Brazilzão enorme!

Que continuemos juntos, todos os que assim o quiserem e sigamos em frente.
Dulceny z

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Apressada eu?...


Faz já algum tempo que resolvi contar alguns episódios que sempre vêem à tona em conversas com amigos, sabe como é, conversar é uma atividade das mais frequentes e das mais agradáveis, acho que a primeira da lista quando perguntada – o que mais gosta de fazer?

Bem...

Eu tenho fama de apressada, será?

No início...

Mamãe e papai foram apressados e “me” fizeram antes do sim oficial de qualquer natureza, daí saíram correndo atrás do prejuízo, coisa que não entendo até hoje, pois essas convenções não me entram na “cachola” de jeito e modo algum, mas cada um é cada um... Na década de cinqüenta então, quem sou eu pra tecer comentários a respeito, enfim...
Papai era militar do exército ainda sem tempo suficiente na função para apresentar uma certidão de casamento, trataram então de procurar uma cidadezinha pacata num estado tranqüilo e distante, logo ali e lá se foram para Ouro Fino em Minas Gerais sacramentar tanto no civil como no religioso a união da qual eu já participei de corpo oculto presente (um bando de apressados), num casamento oficialmente oculto para o então exército brasileiro.
De volta ao Estado de São Paulo, dias vão, dias vem e pronto, seis meses na função. Papai leva a certidão à unidade onde trabalhava para informar sua união com mamãe, afinal, eu estava lá e ela precisava já de acompanhamento médico, ora, pois.
Tudo bem, disse seu superior, mas assina aqui uma advertência, certo?
Terceiro sargento, apressadinho, a sua promoção para segundo demora mais um pouco, até sumir no tempo a “lindinha” aqui...
Ia tudo bem quando, mamãe, já no oitavo mês resolve cair, ai, ai...
Lá fui eu “desesperada” dentro daquela barriga para o hospital, doida pra sair, afinal, a bolsa estourou e morrer era tudo o que eu não queria naquele momento...
Eu não quis nem saber; saí logo chutando todo mundo, fazendo “bunda-lê-lê” e dizendo:
-Vocês vão ter que me aturar!
O médico me colocou na incubadora e disse para a minha mãe, vai ficar em observação, é muito pequena (um quilo, oitocentos e cinqüenta gramas), e crianças prematuras de oito meses têm menor probabilidade de sobreviver ao nascimento. A essa altura eu já olhava pra ele pensando: Como assim, esse cara é louco?
Deixou minha mamãe arrasada.
Bem, como tudo parecia bem, batimentos cardíacos, respiração, etc.
Ele resolveu fazer um teste. Chamou mamãe e me colocou para a primeira mamada.
Aí eu delirei... Puxei aquele leite com toda a força do pulmãozinho que Deus me deu e pensei:
Agora é que vamos ver quem é fraquinha aqui...
O Dr Modesto Carvalhinho espantado exclamou:
-Dulcinéa. Leva essa esganada pra casa que essa aí não morre tão cedo!
Ponto pra mim!


Na infância...
Mas, como tudo tem um mas...
Essa irreverência toda não ficaria impune...
Como no parto pélvico a última parte que sai é a cabeça do neném, fazer bunda-lê-lê não é uma boa opção, bom mesmo é não ser apressado e nascer de forma convencional.
Adquiri um “torcicolo congênito” – tradução – atrofia do músculo esternocleidomastóideo (pescoço) e me trouxe um desvio de coluna, na época o tratamento era cirúrgico – hoje é com RPG (até nisso fui apressada), bem, aos sete anos fui para a sala de cirurgia, meia hora para “esticar o músculo” e uma e meia para tirar o dente de leite que resolveu cair quando o médico tirou a chupeta que usavam para não enrolar a língua por causa da anestesia geral, mas esse dente também não podia esperar não? Mas pra que a chupeta? Hoje não se usa, puro mito, será?
Tudo normal depois? Nem por sonho... Um mês sem sair da cama, com os pontos, trinta e um.
Depois, coloquei um colete branco lindo, da cabeça à cintura. Só ficava de fora o rosto, as orelhas, a “moleira” e os braços. Três meses, isso passa rápido pra quem tem pressa, pressa de brincar, pressa de estudar. Eu já tinha chorado em sessenta e quatro porque a escola me recusou a matrícula, mas qual o motivo?
Nasci em agosto e daí?
Então, primeira semana de aula e eu com o colete espacial; um vestido tamanho quatorze numa menina de sete, mas tudo bem, o importante foi subir as escadas do colégio feito louca!
Eu vou estudar! EU VOU ESTUDAR!
Daí vem aquela professora “nada a ver”, não gostei dela, esqueci o nome; chama minha mãe e diz:
-Olha, a sra não acha melhor ela não vir às aulas enquanto usar essa “coisa”, essa carapaça, as crianças estão comentando.
Aiiiiii!!!!!
Meu sangue ferveu!!!!
Nem deixei minha mãe responder.
-De jeito nenhum. Não vou faltar nenhum dia. Três meses, vou perder o ano, nem pensar. Venho e pronto. Eles que se acostumem ou que olhem para o outro lado.
Encerrei o assunto sem chance para qualquer argumentação contrária. Afinal a vida acadêmica era de quem?
O mais interessante foi a ajuda de minha amiga Marlene, amiga até hoje, que ficava comigo nos intervalos a explicar a razão do capacete espacial, meu nascimento incomum, a inclinação da coluna, a cirurgia, muito bom, excelente exercício, ela se tornou profissional de comunicação – fez jornalismo. Muito bom! Ela só tinha receio de adquirir o problema de tanto que repetia o modus operandi, rsrs.
Eu disse a ela que não havia risco, afinal, o exercício não permitia a atrofia.
Depois disso, tirei o gesso e tudo correu muito bem, até que no quarto ano do grupo escolar, um garoto chamado Luis César caiu em minha classe e começou a me chamar de Tartaruga Touche, ainda não entendo até hoje o por quê?
Mas dei umas boas “bolsadas” em suas costas nas nossas voltas para casa todos os dias na saída da escola. Levei fama de “batedora” até o colegial. Mas também considero isso uma injustiça!

Bem, já falei demais por agora. Em outra oportunidade, se me lembrar de mais coisas, conto para vocês.
Por hoje é só pessoal!

Procura-se um querubim...

Já tive a oportunidade de postar esse texto em outros espaços. A quem já viu, pode ler novamente, eu deixo, rs
Quem ainda não, convido a ler agora...
Essa história é sobre quatro jovens numa noite de sábado na cidade de Santos em mil novecentos e oitenta.


Noite especial, onde o acontecimento mais importante era o Baile do Hawaii no hoje extinto Caiçara Clube de Santos.
Estávamos todas, a Shirley, a Márcia, a Cely (minha irmã) e eu (Dulceny), “mais duras que pão amanhecido”. Saímos as quatro a pé do apartamento no bairro Encruzilhada (bastante sugestivo) e fomos até uma pizzaria entre a Avenida Ana Costa e o Canal Dois, na Avenida da Praia. Minha irmã e a Márcia iam encontrar os “paqueras” delas. Shirley e eu sobramos, mas...
Chegando lá nos sentamos a uma mesa e pedimos um refrigerante cada uma e só. Era o que dava para comprar. E jogue conversa fora esperando as “noivas”, “ops”, os moços. Tomando refrigerante às gotas fazendo o tipo “não estou com tanta sede assim”, mas era para não ter que pedir outro se o garçom invocasse:
-Como é que é, vai consumir ou não?...
Enfim eles chegaram, já vestidos a caráter para o baile.
Conversaram com as duas e foram embora (pagar para elas; nem pensar; era uma pequena fortuna). Desconsoladíssimas continuamos ali e o “povo” passando todo arrumado em direção ao clube. Num dado momento, apareceu um garoto vendendo amendoim torrado.
-Vai amendoim aí, moça?
-Não obrigada. Hoje a gente não quer (ai... que fome).
Acho que ele percebeu a nossa “cara de fome” e deixou dois amendoins sobre a mesa (era em casca). Pedimos para ele deixar um para cada uma, mas ele não quis. Então, dividimos irmanamente dois amendoins entre as quatro.
Passados uns dez minutos, ele voltou e jogou uma caneca inteira de amendoim na mesa. Nós pegávamos os amendoins e tentávamos devolver a ele dizendo:
-Leva isso embora menino!
-A gente não tem dinheiro pra pagar não!
-Olha; eu como tudo e não pago, “ta”?
-Blá, blá...
O menino disse que o amendoim já estava pago.
-Pago?
-E quem pagou?
-Foram aqueles moços que estão ali em pé.
Acenos...
-Oi...
-Oi...
Apresentações feitas. Eles se sentaram conosco à mesa e ficamos conversando. Vieram comes e mais bebes e tal. (Maravilha! Uau!)
O entra e sai de gente “à la Hawaii” intrigou-os e eles quiseram saber o por que das roupas.
Explicamos sobre o baile e então um deles olhou para a Márcia e fez o convite:
-Vamos ao baile?
Ela arregalou os olhos e arrematou na mais pura incredulidade:
-Só se vocês levarem as quatro (humilde Márcia, rsrs)!
- “Tá” bom.
Caímos na gargalhada!
-Vocês vão pagar para todas nós?
-Vamos.
-Só pode ser brincadeira...
Esse baile na época era o evento máximo da High Society paulista, os artistas da televisão compareciam em peso ao evento. As entradas custavam o olho da cara. Creio que fazendo uma grosseira comparação, uns mil reais para as mulheres e uns mil e quinhentos para os homens.
Só podia ser piada!
Eles insistiram, pagaram a conta, inclusive os “refrigerantes elásticos”, chamaram um táxi e nos levaram em casa para nos arrumarmos, o que eles também iriam fazer. Marcamos com eles às onze horas na porta do prédio e a senha para descermos era o grito deles lá fora:
-Hawaii, vamos nós! (Morávamos no terceiro andar).
Bem, foi uma tremenda farra, a Márcia foi buscar a canga de praia e a mãe dela, a Heidi, emprestou uma pra Shirley, uma vizinha trouxe mais duas, uma pra Cely e outra pra mim. As flores artificiais dos vasos foram parar nos cabelos e, olhem só o detalhe, nas sandálias havaianas; pra disfarçar a “pobreza”...
E as horas passavam e os “caras” nada!
Sentamos já desanimadas da vida. Uma falava:
-Ah! Pelo menos valeu a farra de se arrumar!
-Valeu uma ova! Se um dia eu encontrar esses caras, eu quebro os dois (adivinhem quem disse isso, dou um doce).
E por aí vão os comentários...
A essa altura, meu pai, muito sarrista, sentado ao sofá e de braços cruzados, olhou o relógio e a nossa grande decepção e mandou:
-Cais, cais, cais (rindo), já são onze e quarenta e cinco. Daqui a pouco eles passam e gritam lá de fora:
-Hawaii... Vão dormir!!!
Foi só risada!
Quase meia-noite. Tocam a buzina lá fora. Meu pai não deixou que descêssemos. Militar que era, disse:
-Eu vou ver quem são esses que vão levar vocês para o baile e ter uma conversinha com eles.
-Pronto, agora ele manda os dois embora e a gente não sai mesmo.
Logo ele voltou e falou:
-São gente boa. Podem ir.
Desceu junto. Lá fora estavam os dois de branco da cabeça aos pés, um Passat branco TS que era o luxo da época.
E a gente ainda desconfiada até... Enrolaram meu pai... Só pode ser. Ainda achávamos que não chegaríamos ao baile. Até onde eles iriam com aquilo?
Entramos no carro e fomos embora.
Minha irmã sussurrava:
-Onde eles arrumaram esse carro?
Acho que assaltaram algum marinheiro pra pegar a roupa branca. Será que mataram alguém?
E a Márcia:
-Cala a boca menina!
Eu já estava em pânico, só conseguia rir sem parar. E me encolhia no banco traseiro. Olhem só a paranoia em que estávamos.
Próximo ao clube, o trânsito estava parado.
Ao tentarmos atravessar a avenida para estacionar na praia, vimos que o retorno estava interditado. Um guarda bem no meio da avenida gesticulou para recuarmos o carro. O esperto que dirigia o carro (até aí ainda não sabíamos o nome de nenhum dos dois), quis engatar a ré e em vez disso o carro pulou para frente e acertou as pernas do policial. Os dois desceram do carro e foram conversar com ele.
Ficamos apavoradas dentro do carro. E a Cely:
-“Tá” vendo! Isso foi de propósito, eu sabia!
Eles não vão levar a gente pra lugar nenhum, agora a gente “vai tudo em cana” bailar no xadrez.
-Duvido que eles tenham a “grana” pra pagar as entradas. Só se assaltaram um banco!
Vimos um deles dando tapinhas cordiais nas costas do policial e eles em seguida voltaram ao carro.
Viramos à direita e logo estacionamos.
Fomos até a entrada do clube e ainda lá nos olhávamos desconfiadas.
-É agora! “Cadê a grana?”
Um deles (o mais alto) tirou um maço enorme de notas do bolso, as maiores que corriam na época e foi colocando na mão do bilheteiro:
Uma, duas, três, quatro, cinco...
Até pagar as seis entradas! Nosso queixo caiu.
Quem achou me devolva que ainda estou a procurar por gentileza...

Entramos no clube.
A Cely logo encontrou o Toninho e a Márcia foi encontrar com o paquera dela também. A Shirley e eu reclamávamos:
-Vocês vão nos deixar sozinhas com eles???
-Estamos acompanhadas... Se virem, rsrsrs.
Olhei para a Shirley e ela para mim. Tudo entendido:
Sobrou para nós! Ai meu pai!
Mas aí aconteceu o inesperado...
O mais velho deles virou para nós e disse:
-Vou dar uma volta e já venho, só apareceu no fim da festa. De vez em quando eu o via pulando sozinho; copo de Whisky na mão; no meio do salão. O outro que agora já sabíamos o nome (já era hora) – Fernandes, ficou conversando com a Shirley e comigo a noite inteira, mais com ela que comigo, pois, sem um tostão, me entupi de água de coco e frutas que eram de graça a noite toda, de graça nada, eles pagaram e bem caro. O Fernandes contou a vida dele toda, do outro, ele não falou muito, mas ficamos sabendo que eram oficiais da Marinha Mercante. O “desaparecido” no salão era nada mais, nada menos que o “Querubim”.
-Como?
Qual é o nome dele?
-Querubim!
A Shirley e eu dizíamos que eles “não existiam”, onde já se viu, dois homens já não tão novinhos assim, pagar uma pequena fortuna para quatro jovens e manter o maior respeito!
O Querubim nos confidenciou que mais valia para ele o prazer de realizar um sonho, o nosso sonho, que era o que ele faria a uma filha dele, não mencionou se era pai. Que se sentia feliz em nos fazer feliz! Gente, acho que foi aí que encontrei meu mestre!
Baile terminado, eles nos deixaram em casa, ainda deram carona para o Toninho. Em casa ficamos a Márcia, a Cely e eu. A Shirley quis ir para a casa dela e no dia seguinte, conversando, ela falou que quando desceu do carro e se despediu, ao ver o carro virando a esquina, teve a sensação de que ele desapareceu em fumaça. Achou que se andasse até lá, veria as penas do Querubim esvoaçando no ar...
Nunca mais os vimos ou tivemos notícias deles. Só sabemos que eram cariocas.
Fernandes e Querubim...
Nossos anjinhos do Hawaii...

...Mas algo ainda me intriga... Que será que meu pai tanto conversou com eles?...

sábado, 18 de abril de 2009

Pai Nosso



Recebi de uma amiga a oração:
♥♥PAI NOSSO♥♥


Pai nosso que está no coração de cada um de nós; Ilumina a nossa alma, Faz brilhar todos os nossos corpos interiores.
Eleva nossos pensamentos e nos dê forças para cumprir com todas as nossas tarefas.
Pai neste momento elevamos seu santo nome e buscamos em nosso interior a essência divina.
Acalmando todas as nossas inquietações, dissolvendo todas as impurezas, e eliminando toda dúvida.
E solidificando a nossa fé no nosso Eu criador. Neste momento eu me uno a Você.

Eu e Você somos um.

Juntos criamos, juntos realizamos todos os nossos desejos e aspirações.
Nosso poder é ilimitado e inabalável.
Nos unimos com a força universal e nos conectamos com a energia divina. Todos os nossos corpos se unem e se transformam na mais pura luz cristalina. Pequenos raios de luz saem de nossos corações e com a força do nosso amor iluminam a todos o nosso redor.
Querido Pai eu vos agradeço por esse momento e que esta pequena prece possa despertar outros corações para o que há de mais sagrado: "o amor universal". Que assim seja.

(Marilia Mieko)


Que a Luz de Nosso Pai maior te ilumine em cada passo...
Em cada momento da sua vida!!
Não temas..não se aflija perante situações que aparentemente estão confusas... Tenha esperança sempre e procure através da prece sincera o consolo, o refugio para todas as suas dores...
Lembre-se nada é impossível perante os olhos do Criador..
Para Ele você é especial e merece amar e ser amado!!
Então...sorria...que através deste sorriso você está doando seu AMOR!

terça-feira, 3 de março de 2009

Sobre o direito do DEVER

Negligenciou-se o DEVER no afã pela busca do direito.
Voltou-se o foco tão e somente ao direito do homem, sem lembrar que para garantí-lo, prima-se antes pelo total cumprimento de todos os deveres.
Desvinculados um do outro, a sociedade não exercitou a prática dos deveres e hoje não tem mais essa consciência. Insisto, é urgente a necessidade de reincluir na cultura do homem uma cartilha de deveres, assim como todo discurso se volte para salientar a suma importância do cumprimento dos mesmos, se quisermos um dia "voltar" a ter uma sociedade justa.
Para mim, uma sociedade justa se realiza quando todos fazem o que lhes é devido, sendo assim, não se precisará tanto recorrer à justiça para garantir que seus direitos sejam respeitados.
Não falo isso como se houvesse existido, realizado, mas que o senso do dever é característica latente no ser humano, que inverteu-o sob a ótica do direito desde os primórdios, valendo-se do poder da "inteligência" a princípio, pervertendo uma humanidade nascente em prol dos privilégios que a cultura do direito lhe propiciou. É mais um chamado a essa consciência latente para que um ou dois despertem, o que já é grande coisa, pois cada um ou dois falarão a muitos e desses, um ou dois também despertarão.
Há que se mexer na engrenagem a que pare e um dia e lentamente comece a girar em sentido contrário.
Não penso ver isso um dia, mas não desisto nunca de falar, pois como escrevi certa vez:
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A ouvir e a falar
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Adianta ainda falar,
desde que a voz
me saia pela boca,
vinda de dentro da alma.
Algum ser onde
impregna a sensibilidade,
há de me ouvir,
um dia...
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Dulceny z
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Um abraço!