domingo, 6 de maio de 2012

Os “tombos” da vida... .


Mais uma façanha por mim alcançada!

Há alguns meses, estava saindo da empresa onde trabalho, tranquilamente, ao que fui abordada por um casal falando num idioma estrangeiro.
Passado o primeiro impacto, percebi que era inglês...
Eles misturavam o inglês com o português, daí pra não entender nada é um pulo!
What bus do I “pego” to “ir" para o Unicamp?
What?   Where?
Well...


A Unicamp é logo ali e é tão pequenininha, “né”?
Where in Unicamp?
Daí eles me disseram, ou tentaram mais ou menos me falar onde – não me lembro mais do local ao certo porque episódios posteriores me fizeram apagar certas recordações dessa tão insólita ocasião...


Consegui com meu parco inglês passar algumas informações do que teriam que fazer para chegar lá!
So you take this bus now.
Ele, [ops, não…]
He, [não, não é]
[Quer saber?]
This bus goes to the bus terminal ( bus e bus de novo, ai, que redundante, já foi, rs)
There you take the 3:32 (three, three, two)  Sei não, acho que não está certo…
Ok! Is three, thirty-two and go down “blá, blá, blá”…


Depois disso, arranharam eles um “portunhol” e eu um “portuglês” e nos entendemos maravilhosamente!!! Rsrs
Chegou meu ponto e eu alegremente me despedi do casal:
Bye bye!
Eles: Bye bye, thank you…


Daí eu me virei para a porta de saída do ônibus e despenquei.
Nunca um bye bye foi tão literal, tão visceral em mim!!!
Lembro-me do meu pé no vazio, meu olhar vislumbrando o estreito leito carroçável da rua entre a escada do ônibus e a calçada...


Naqueles intermináveis segundos analisei qual seria o mal menor:
Atirar-me em cima da calçada ou cair no minúsculo meio metro de asfalto entre o ônibus e a sarjeta.
Nem um, nem outro, caí no exato meio entre o asfalto e a calçada, ou seja, bem na sarjeta!


Mas pra ser bem feito, tem que ser assim, perfeito...


O tempo parou, a dor aumentou, ajeitei a sacola, mirei o banco do ponto, me levantei, sacudi a poeira – ninguém dentro do ônibus falava nada – só olhavam fixamente para mim. Olhos arregalados!
Olhei para eles e os tranqüilizei:
-Está tudo bem! Nenhum osso quebrado; não se preocupem...
Amanhã eu “to” lá no SESMT abrindo meu CAT – informando meu acidente de percurso – se bem que acho que eu sou o próprio acidente de percurso!
Daí eles não “agüentaram” mais e liberaram as risadas que entendo, estavam todos segurando até então.


Foi nesse momento que o motorista e o cobrador desceram do ônibus para me socorrer – agradeci e assegurei que estava tudo bem – vaso ruim não quebra fácil, Rs


Pra terminar, lancei um desejo profundo e verdadeiro ao casal.
Quando chegarem ao seu destino, desçam do ônibus...
But never go down like me, ok?



Dulceny z
06/05/2012  13:03 h