De
fato, se Deus fosse apenas um Deus transcendente, puro espírito abstrato, só os
puros espíritos o poderiam amar; mas, sendo Deus, além de transcendente às suas
obras, imanente em cada uma de suas creaturas, é possível que o amemos também
com o coração, com a mente e com o corpo.
Deus
é inconsciente no mineral.
Deus
é subconsciente no vegetal.
Deus
é semiconsciente no animal.
Deus
é ego consciente no intelectual.
Deus
é pleno consciente no espiritual.
Deus
é oniconsciente em si mesmo.
Se
Deus não fosse imanente em suas obras, ninguém o poderia amar com as faculdades
do coração, da mente e do corpo.
Como
Verdade, Deus é Transcendente.
Como
Beleza, Deus é Imanente.
Quando
a Verdade e a Beleza se fundem numa grandiosa sinfonia, surge a estupenda
Poesia do Cosmos, síntese de Verdade e Beleza.
A
Verdade é infinitamente bela.
A
Beleza é profundamente verdadeira.
Por
isso, a vida Eterna é necessariamente a eterna Beatitude, porque nasce do
consórcio do Verdadeiro e do Belo, que é Amor.
Enquanto
o “amar a Deus” é apenas um preceito ético, um dever, um imperativo categórico
da consciência moral, não despertou ainda a alma do amor; só quando esse “amar
a Deus” deixa de ser um compulsório dever e se transforma num
espontâneo querer, numa luminosa compreensão, num irresistível
entusiasmo – então é que o homem entra no “gozo de seu Senhor”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário