sábado, 30 de março de 2013

Passa o tempo...


Passaram-se anos e anos e penso que dia dos pais são todos os dias, assim vejo a atenção que todos temos que ter uns com os outros sempre, família, amigos, enfim, as relações precisam ser cultivadas diariamente.

Quando meu pai se foi em 1984, pela manhã, saí a viajar para Santos-SP e me despedi de modo diferente do usual, sempre o abraçava e beijava, mas naquele dia, parei na soleira da porta entre a copa e a cozinha, onde ele estava ao fogão temperando um feijão delicioso, como só ele sabia fazer...

Eu disse:
-Já estou indo, até mais...Ao mesmo tempo em que eu disse aquilo, senti algo estranho, como fosse uma despedida de um tempo longo, mas procurei não pensar naquilo.

Quando cheguei ao litoral, esperava por meu irmão, no Consórcio onde ele trabalhava e veio o telefonema informando sobre ele.

Voltamos para Piedade-SP, mas só pude vê-lo novamente em Campinas, no velório do Cemitério Famboyant - onde foi enterrado. Ali eu o beijei e novamente eu disse, até mais pai, um dia estaremos juntos novamente.

Respeito aos que diferentemente pensam, mas como espírita, sei que isso acontecerá. Mas sempre sinto que a atenção que pude lhe dar em sua estada nesse plano terreno, nos fez mais que pai e filha, amigos eternos, ter a sensação de que não deixamos pendências em nossas relações, a tranquilidade e a Paz interior advinda dessa consciência é o que nos faz vencedores nessa vida!

Por isso digo, mais que comemorar uma data, utilizada tão "massacrantemente" pelo comércio, é termos a certeza de que desenvolvemos sim, uma  relação de amor para com nossos irmãos em espírito, independente das nossos laços de sangue ou afetivos.

Amar acima de tudo,  assim praticando o respeito mútuo entre os seres viventes. 


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