Internet
– Comunicação – Relacionamentos...
Tenho me colocado a pensar sobre os nossos
hábitos nesses agitados tempos, corridos e cada vez mais essa agitação tem se
tornado virtual.
Demoramos-nos a cada dia por mais horas frente a essas telas
hipnóticas, luminosas, envolventes, entorpecentes. São tantos sites a fazer
convites – participe; entre nessa comunidade; blogs; fotologs e tudo o que mais
puder ser criado para se “apossar” da nossa atenção. Mesmo eu participo de
algumas.
Em todas elas sou “eu” mesma. Até já me foi dito por quem participa de
alguns deles, que basicamente são as mesmas informações e ou fotos. Com
certeza, são mesmo.
Como sei que tenho uma personalidade um tanto
introspectiva, sentimentos, pensamentos e ações não muito comuns e populares,
me “espalhei” entre eles e tenho encontrado uns poucos e fiéis amigos virtuais
com os quais me correspondo e me relaciono de maneira mais profunda.
Agora, me
preocupa é saber de fonte segura e ocular, de pessoas que criam vários e às
vezes inúmeros “personagens” com páginas nesses sites e arrebanhando amigos aos
montes. Tenho uma colega de trabalho que em certo dia me fez adicionar uns
trinta personagens desses, todos com emails próprios, nomes próprios, fotos,
amigos e perfis completos – admirei-me ante tal capacidade criativa!
São
personagens femininos e masculinos, jovens, adultos, idosos...
Nossa! Que
teia!!! Enredam-se em personalidades e personalidades que acabam por “existir”
realmente, mesmo que “virtualmente”.
Teremos nesse processo transportado a
esquizofrenia para o mundo dos bits, bytes, gigas, megas, circuitos e teias de
redes entre máquinas e máquinas ao redor do planeta, brincando de deuses a
criar e multiplicar personagens, vidas, personalidades e tudo isso a fugir da
nossa realidade. Será que estamos atentos a perceber quando passamos da linha
tênue da simples brincadeira à patologia?
Será que não é tão grave assim para
gastar tempo com esse tipo de preocupação? O que percebo é cada vez mais
pessoas que se dividem assim em tantos eus...
Será apenas uma coincidência?